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HISTÓRIA DO AÇO

No atual estágio de desenvolvimento da sociedade, é impossível imaginar o mundo sem o uso do aço. A produção do aço é um forte indicador do estágio de desenvolvimento econômico de um país. Mas, fabricar itens de aço exige técnica que deve ser renovada de forma cíclica, por isso o investimento constante das siderúrgicas em pesquisa. O início e o processo de aperfeiçoamento do uso do ferro representaram grandes desafios e conquistas para a humanidade.

Idade do ferro

A idade do ferro se iniciou em 1200 a.C. e é considerada o último estágio tecnológico e cultural da pré-história. Seu descobrimento promoveu grandes mudanças na sociedade. A agricultura se desenvolveu com rapidez por causa dos novos utensílios fabricados. A confecção de armas mais modernas viabilizou a expansão territorial de diversos povos, o que mudou a face da Europa e de parte do mundo.

Aos poucos, novas técnicas foram sendo descobertas, tornando o ferro mais duro e resistente à corrosão. Um exemplo disso foi a adição de calcário à mistura de minério de ferro e carvão, o que possibilitou melhor absorção das impurezas do minério. Novas técnicas de aquecimento também foram sendo desenvolvidas, bem como a produção de materiais mais modernos para se trabalhar com o ferro já fundido.

Com a possibilidade de obtenção de ferro no estado líquido, ao aumentar as temperaturas das forjas, nasceu a técnica de fundição de armas de fogo, balas de canhão e sinos de igreja. Mais tarde, o uso do ferro se estendeu para residências senhoriais de grandes portões e placas de lareira com desenho elaborado.

A grande mudança só ocorreu, porém, em 1856, quando se descobriu como produzir aço. Isso porque o aço é mais resistente que o ferro fundido e pode ser produzido em grandes quantidades, servindo de matéria-prima para muitas indústrias.

Brasil

No Brasil, a exploração do ferro/aço sempre foi propícia devido aos minérios de Minas Gerais e as primeiras usinas começaram a se desenvolver após a chegada da família real portuguesa em terras brasileiras. Porém, o mercado começou a se desenvolver mesmo já no século XX, com o surto industrial verificado entre 1917 e 1930.

Em 1921, foi criada a Companhia Siderúrgica Mineira, que depois tornou-se Siderúrgica Belgo-Mineira após acontecer a junção com o consórcio industrial belgo-luxemburguês ARBEd-Aciéres Réunies de Bubach-Eich-dudelange. A década de 30 registrou um grande aumento na produção siderúrgica nacional, incentivada pelo crescimento da Belgo-Mineira que, em 1937, inaugurou a usina de Monlevade, com capacidade inicial de 50 mil toneladas anuais de lingotes de aço. Ainda em 1937, foram constituídas a companhia siderúrgica de Barra Mansa e a Companhia Metalúrgica de Barbará. Apesar disso, o Brasil continuava muito dependente de aços importados. Esse retrato foi alterado apenas em 1946 com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda – RJ.

O ano de 1950, quando a usina já funcionava com todas as suas linhas, pode ser tomado como marco de um novo ciclo de crescimento da siderurgia no Brasil. A produção nacional de aço bruto alcançou 788 mil toneladas e tinha início uma fase de crescimento continuado da produção do aço no Brasil. Dez anos depois, a produção triplicava e passados mais dez anos, em 1970, eram entregues ao mercado 5,5 milhões de toneladas.

Na década de 90 era visível o esgotamento do modelo com forte presença do Estado na economia. Em 1991, começou o processo de privatização das siderúrgicas. Dois anos depois, oito empresas estatais, com capacidade para produzir 19,5 milhões de toneladas (70% da produção nacional), tinham sido privatizadas. Essas privatizações trouxeram ao setor expressivo afluxo de capitais, em composições acionárias da maior diversidade. Assim, as produtoras passaram a integrar grupos industriais e/ou financeiros cujos interesses na siderurgia se desdobraram para atividades correlatas, ou de apoio logístico, com o objetivo de alcançar economia de escala e competitividade.

Com uma história tão rica, o Brasil tem hoje o maior parque industrial de aço da América do Sul; é o maior produtor da América Latina e ocupa o sexto lugar como exportador líquido de aço e nono como produtor de aço no mundo.

Fonte: https://acobrasil.org.br/site/historia-do-aco/#:~:text=Com%20uma%20hist%C3%B3ria%20t%C3%A3o%20rica,exporta%C3%A7%C3%A3o%20do%20a%C3%A7o%20no%20Brasil.

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